sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O Futuro das 29ers






"Em vários artigos já questionamos as 29ers e a necessidade – que muitos nos tentaram fazer crer – que tínhamos de abandonar as boas e velhas 26 e migrar para as big wheels. A pressão foi (é) grande: 26 saíram de muitos catálogos. Lojas não as conseguiam comprar para atender à demanda de clientes. Blogs foram criados só falando de 29ers. Testes foram realizados, e as 29ers pareciam até ter um motor…


Depois de muito analisar, chegamos às nossas conclusões: há um ganho de performance, esse ganho não é representativo para o ciclista comum, e o fit da bike, por ser obviamente diferente, não é adaptável a qualquer biotipo. Nunca tínhamos analisados alguns aspectos, no entanto, que esse excelente artigo do site BikeRumor sobre as 27’5 (650B) trouxe à luz, como a dificuldade de criar uma full suspension de longo curso (130mm ou mais), as conhecidas trail bikes, por causa das peculiaridades de geometria das 29ers.


Obviamente, no quesito fit, para ciclistas não tão altos, a coisa se complica numa 29er. Isto, aliado ao fato da da geometrias caracteristicamente exagerada das 29ers, levou, obviamente, ao padrão intermediário 650B. Porém, se o ganho de performance das 29ers já não era grande coisa, não há muito o que se esperar de uma 27,5 neste particular. A conta então fica toda para o marketing pagar, como bem disse Sam Benedict, do Departamento de Marketing de MTB da Specialized. Mas não estamos falando das 650B aqui, e sim das rodas (realmente) grandes.


Qual o futuro das Rodas 29?


Várias empresas são definitivas ao considerar que o design de uma 29 tem muitas limitações. Continental (pneus), Cannondale/GT, Scott são algumas das empresas que deram declarações nesse sentido, e obviamente – na nossa opinião – essas limitações só agora começam a ser compreendidas.


Da forma como as declarações são feitas – são muitas grandes empresas entrevistadas – dá para sentir que a indústria está meio perdida. Se a 650B for a solução mágica, que permita um design eficiente em trail bikes (coisa que não dá para fazer com a 29er) e algum ganho de performance (representativo) em relação às 26ers, será ótimo para elas.


O que eu vislumbro nessa confusão toda é que o milagre das rodonas não aconteceu, e, pior, com o melhor conhecimento da gemoetria e implicações ergonômicas das mesmas, a indústria se viu na encruzilhada de admitir o erro ou procurar resolver o problema. E no que isso vai dar? Provavelmente numa menor oferta de modelos 29ers no mercado, restringindo-as a bikes de XC com pouco curso ou hardtails, para ciclistas de maior estatura.


Embora a Santa Cruz creia que grande parte da bolha 650B possa ser creditada ao desejo do ciclista ter a “roda mágica”, e assim a necessidade estaria criada, levando a indústria a tentar atender a esta demanda do mercado, não concordamos com esta análise. A indústria está pesquisando, tentando, testando, eventualmente acertando e errando. O que vemos nas reportagens são muitos “SEs”: se isso, se aquilo… muita incerteza.


Curiosamente o boom das 650Bs deu-se depois que Nino Schurter venceu uma etapa do Campeonato Mundial de MTB com um protótipo de uma Scale 27,5, mas, com uma sinceridade chocante, Adrian Montgomery (US Scott Marketing) diz que o fato de Nino ter corrido numa 650B foi simplesmente porque seu Bike Fit não encaixava numa 29er. Não sou eu quem está dizendo: a 29er simplesmente não se encaixa – e não é a melhor escolha – para um dos melhores ciclistas do mundo. É seu principal patrocinador quem o diz:


“Pois é, com certeza, nos últimos anos as rodas grandes tem crescido, mas nunca encaixei perfeitamente numa 29er. A bike para mim é muito grande. Eu não consigo uma posição perfeita, porque o guiador é muito alto e nunca me senti muito bem em uma 29er”.
Nino, no i-mtb.com.


No fim das contas, o que achamos é o mesmo de sempre. Há um mercado real para as 29ers, depois da explosão inicial. Elas vão estar aí por algum ou quem sabe muito tempo, porque é uma bike muito boa, perfeita para ciclistas altos (altos, 1,80 para frente), que desejem algum ganho de performance e tenha pernas para vencer a inércia inicial. Não é uma opção interessante para trilhos técnicos, que exijam agilidade da bike, nem para ciclistas de menor estatura. Pode, ou não, ser uma boa escolha para você. Ah, e, definitivamente, se você não está bem fisicamente, ela não vai resolver o seu problema."




Texto retirado de Da Lama Ao Caos (http://dalamaaocaosbike.wordpress.com/)

COISAS QUE VOCÊ PODE FAZER COM UMA BIKE

E você ai pensando que só serve para fazer trilha ou pedalar pelas ruas...



COISAS QUE VOCÊ PODE FAZER COM UMA BIKE . . on Vimeo.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Cachoeira Paradise a Noite! 26-dez-12


DATA: 26-dez-2012
HORÁRIO: 19h
PONTO DE ENCONTRO: Praça de Eventos de Votorantim
DESTINO: Cachoeira Paradise
NÍVEL: 3
Verifique a classificação dos níveis 

Fotos por: Douglas Kocão

Olá pessoal!
Quarta feira fizemos um pedal até a cachoeira Paradise (cachoeira São Francisco) para fechar bem o ano e buscar energias para o ano que vem ai! Até ai, normal, porque já fomos várias vezes à cachoeira Paradise e posso dizer que é sempre um ótimo passeio! Mas dessa vez, fomos a noite! De dia essa cachoeira é assim!!

Aceitei o convite do Silvio Votobikers e me encontrei com outros 19 tontos na Pr. de enventos de Votorantim. Tontos! Só podemos ser tontos! Conhecemos o caminho, principalmente o trecho de descida a pé para chegar na cachoeira e mesmo assim encaramos! rs!




Começamos a pedalar na verdade umas 19:30, então, a noite se mostrou rapidamente. Foi engraçado, porque entre um trecho de curvas por exemplo, percebíamos que estava ficando mais escuro. Começamos uma reta bem tranquilos e com os faróis apagados e terminamos essa reta com a atenção no máximo e os faróis iluminando tudo que podiam!!

Bom, o percurso é conhecido: Subida da avenida do Hospital Santo Antônio até o final da leiteria, passar pelo portão fechado, descer a estrada de serviço, parar no Seo Clemente, pedalar até o Jurassic Park, descer a rocha e chegar na cachoeira. A volta é tudo isso ai ao contrário!

Não tenho fotos desse trecho de asfalto, porque procurei fazer todas as fotos sem flash para tentar passar a 'atmosfera' do lugar que passamos a noite, só com a luz das lanternas e um pouco da luz da lua.

Mas chegamos até a porteira, depois de subir toda a leiteria.... Mesmo sem sol, essa subida cansa muito!
Descemos a estradinha e paramos no Seo Clemente para falar um oi e encher os reservatórios de água



... e chegamos ao ponto mais perigoso deste passeio. A parte que teríamos que andar a pé!
O caminho para chegar a cachoeira é por uma rocha MUITO ingrime... as fotos não dão a impressão do que é realmente esse lugar!!






Esta descida é sempre difícil e perigosa. Mas graças ao Danilo Mazzotti e ao Adnilson uma corda de rapel estava lá para ajudar no trecho mais íngreme.
Dai ficou fácil. Depois dessa rocha, era só seguir a trilha na mata eh chegar a bela cachoeira!!
Nessa hora, a lua cheia já estava nos ajudando a enxergar no meio da escuridão total!


Chegamos ao destino!
Show de bola, mesmo a noite! Com as pupilas dilatadas é mais fácil de enxergar a agua caindo... As câmeras fotográficas não conseguem registar o momento da mesma forma que enxergamos na escuridão.
Mas, consegui fazer algumas fotos que mostram um pouco daquele momento.


Mesmo com muitos morcegos voando e fazendo muito barulho, alguns destemidos resolveram entrar na água e tomar uma ducha noturna para poucos!
Missão cumprida!
Agora era só encarar aquela bendita rocha.... sob a luz do luar....
Uma parada rápida para repor o folego e comer alguma coisa e pé no pedal... Tínhamos que voltar para a civilização!
E assim foi!!
Um pedal saudável durante a semana com os amigos, só pra colocar o papo em dia!
Tirando a corrente da bike do Silvio que perdeu 5 elos e ganhou um power link logo no começo do pedal, foi tudo tranquilo! nenhum pneu furado ou alguém machucado!


Desculpe, tivemos um problema varias fotos do nosso site, varias simplesmente foram perdidas.




Percurso e altimetria:
http://www.endomondo.com/workouts/115042992







Um abraço e até o próximo post ou o próximo pedal!



sábado, 15 de dezembro de 2012

Rota Márcia Prado 2012

DATA: 09-dez-2012
HORÁRIO: 6am
PONTO DE ENCONTRO: Praça Frei Barauna
DESTINO: Estrada da manutenção - Rod. dos Imigrantes
NÍVEL: 3

Fotos por: Isabel Fukano, Andrea Passarelli, 
             Douglas Kocão, Allex Rigato, Angelo Giardini

Olá pessoal!
Depois de muitos convites, muitas histórias, muitos 'causos' resolvi fazer a Rota Marcia Prado com uma galera daqui de Sorocaba (SorocabaBikers, Votobikers, Botecão e mais uma galera que encontrei por lá!) neste evento criado pelo pessoal do Instituto CicloBR.


O TRAJETO
”A Rota Márcia Prado é uma rota ciclo-turística criada e organizada pelo Instituto CicloBr para que as autoridades criem um meio atraente e seguro para o ciclista chegar ao litoral paulista. O percurso é inspirado no trajeto da última viagem que a ciclista Márcia Prado realizou”. (Fonte:Instituto CicloBr)
QUEM FOI MÁRCIA PRADO?
Márcia foi uma ciclista e ativista que morreu atropelada por um ônibus na Av. Paulista em São Paulo. A rota foi batizada com seu nome porque foi essa a última viagem que ela realizou (3 dias antes). Na ocasião procurava um meio de descer para a baixada santista que não precisasse correr risco de vida e que não fosse ilegal. No local do acidente ao invés das tradicionais cruzes foi colocada uma bicicleta branca que pode ser vista por quem passa.  

NOSSO TRAJETO
A rota original (77km) tem início na estação de trem do Grajaú, em São Paulo, passa por São Bernardo do Campo, Rio Grande da Serra, Cubatão e termina em Santos.
E desde o ano passado passou a iniciar-se da ciclovia da estação Vila Olímpia na marginal Pinheiros aumentando o percurso para aproximadamente 100km.

O nosso trajeto começou no Grajaú (Jardim Shangrila) onde os onibus estacionaram e nós montamos as bikes.

 Andamos um pouco para aquecer os musculos e derrepente: transito de bike!? Pô! O que era aquilo!! Um congestionamento de bikes!! Impossivel de andar para frente ou voltar...



Era muita gente parada esperando pela sua vez.... esperando a sua vez de que? Esperando a sua vez de embarcar em uma balsa! Fiquei surpreso em encontrar uma balsa em pleno funcionamento dentro de São Paulo! Capenga, mas suficiente para o transito local, em dias normais....


Esse congestionamento aconteceu porque a balsa não comportava tantos bikers, e ainda por cima, os operadores das balsas não estavam sabendo nada sobre o evento. Foi um tempo perdido parado esperando a vez de subir a bordo. 
Depois de aproximadamente 3 HORAS, conseguimos embarcar! Ô alegria! finalmente o passeio ia começar e eu iria finalmente conhecer a tal da estrada da manutenção!


Pedalamos por aproximadamente 6Km e SURPRESA! Novo congestionamento! OUTRA BALSA! Pô.... brincadeira!!! E essa era pior ainda... aproximadamente 25 minutos para a balsa ir e voltar (e voltar com carros ainda por cima) Mas essa demorou menos para embarcar... apenas 2 horas...


Já estávamos atrasados em 5 horas nos planos do nosso pedal e a informação que tinhamos, era que o Parque Estadual da Serra do Mar fecharia os portões as 15:00. Tudo bem! Sem problemas! Quando desembarcamos da segunda balsa, já eram 14:55... Talvez desse tempo de atravessar os quase 30Km até a entrada do Parque... hahaha! Mas não desistimos. Encaramos a possibilidade de dar com a cara no portão.
Mas houve um momento de reflexão, um segundo de atenção a uma frase para acalmar e dar esperança!:
"Acredite em algo além do sol..." Frase essa do celebre dono da barraca de cachaça!! hahaha


Bom, seguimos pelo trecho de ruas de terra. Trechos rápidos, com pedras soltas e buracos de erosão no chão.  Não era um trecho muito técnico. Apenas muita atenção nos ±10Km até chegar na Rodovia dos Imigrantes.




A partir dai, a organização estava em ordem. Policiais rodoviários nos apoiaram e sinalizaram com cones um longo trecho da rodovia até a entrada para a estrada da manutenção.





Chegamos então a famosa estrada da manutenção!! E o que eu tenho para dizer é que esta foi uma experiencia maravilhosa! O percurso é feito em estrada asfaltada, sendo grande parte descida íngreme com trechos escorregadios até chegar no Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Itutinga Pilões. Durante o caminho existem subidas significativas devido o caminho estar "encravado" na Serra. São cerca de 20 km nesta estrada.












Este túnel é usado apenas pelos policiais, trabalhadores do DERSA e serviços de resgate...
...não é muito extenso, mas é de grande ajuda para estes profissionais...
... pois ele interliga a Rod. Anchieta (entrada escondida dentro de um dos tuneis) a Rod. dos imigrantes, pela estrada da manutenção!


Quer saber mais sobre a Estrada da Manutenção? Achei um blog que traz uma explicação com fotos bem legais! CLICA AQUI!


Saindo do parque, passamos por uma vilinha em Cubatão, seguimos em direção ao centro da cidade, pegamos um trecho da Rod. Anchieta e chegamos ao destino: Santos!!





Foi um pedal muito legal. Tirando toda a epopéia da balsa (Ggggrrrrrrr!!!) é realmente um percurso muito bonito! Mas não é tão facil assim! Vimos alguns acidentes sérios, bikes com problemas mecanicos e também muita gente que não tinha o habito de andar de bike, mas foi porque achou que era só a DESCIDA da estrada... Quem quiser fazer este percurso e não tem o habito de pedalar, eu sugiro treinar bem durante um mês antes de fazer esse caminho. Mesmo que seja em ciclovias ou em academia, vai ajudar a não faltar folego ou doer as coxas no caminho =D

Eu recomendo este pedal! Se quiser o percurso completo, eu acho melhor formar um grupo de 10 a 20 pessoas e fazer em outro dia que não for o evento oficial da CicloBR. Se for no evento oficial, procurar uma forma de começar depois da segunda balsa, ou mesmo lá na Rod. dos Imigrantes, na entrada da estrada.


Percurso e altimetria:
http://www.endomondo.com/workouts/112416720 (trecho principal)

Vídeo do Angelo, do Votobikers que mostra um Trecho da descida da Estrada da Manutenção


Abraços e até o próximo post ou o próximo pedal!!

Kocao








sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Bicicleta mal regulada pode causar impotência


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O selim coberto por uma grossa camada de gel não é a solução 

Foto: ThinkStock

Por Thiago Brizola

Muitos ciclistas já passaram pela dormência genital, que é causada pela pressão do selim sob os nervos dos órgãos genitais externos.

Normalmente, esse efeito é passageiro, como a simples dormência de um pé, porém, deve ser evitado o máximo possível. A pressão causada pelo equipamento pode causar dificuldade de ereção.

Use esse checklist para verificar se sua pedalada pode estar sendo, na verdade, prejudicial para sua saúde sexual.

O selim está muito longe do guidão
Se você precisa se inclinar excessivamente para alcançar o guidão, o bico do selim pressiona os nervos. Instale um avanço menor para facilitar a pegada.

O bico do selim está para cima ou para baixo
Bico levantado aumenta naturalmente a pressão sobre esse conjunto de nervos. Se estiver apontado para baixo, você desliza para a parte mais estreita do selim. Logo, a nivelação deve ser feita paralela ao solo.

O selim está muito alto
Isso faz com que você pressione a genitália contra o selim para alcanças os pedais. Abaixe o selim até que o calcanhar encoste ligeiramente no pedal em sua posição mais baixa.

O selim é largo o suficiente para o suporte necessário
A porção traseira deve sustentar e suportar completamente seu osso isquiático – os ossos do sentar.

O selim é muito macio
Um selim coberto por uma grossa camada de gel não é a solução para o problema de dormência. Pelo contrário, exerce mais pressão na genitália. E os selins mais modernos são projetados para evitar a pressão no local, logo, considere um acessório a ser trocado se sua bike for antiga.

Você fica muito tempo sentado ?
Em longas pedaladas, você deve levantar-se periodicamente do selim e pedalar em pé por um minuto. Isso Alivia a pressão e restaura a circulação no local.


Texto retirado do site discoverybrasil